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O cristão não vai morar no céu

“É necessário que ele permaneça no céu até que chegue o tempo em que Deus restaurará todas as coisas, como falou há muito tempo, por meio dos seus santos profetas- At 3: 21”. (Referências bíblicas sobre o novo céu e nova terra: Isaías 65: 17,18. 66: 22. 2 Pd 3:13 e Ap 21: 1).

Se o cristão vai morar no céu, qual o propósito da criação de uma nova terra? Do ponto de vista humano uma nova terra faz sentido, mas qual a necessidade um céu novo? Como compreender o “conceito cristão de morar no céu”? O que humanamente justifica a criação de um novo céu? Este artigo explora o conceito bíblico de “estar com Cristo no céu” em contraste com o que geralmente se idealiza.

Novo Céu e nova Terra

A corrupção da criação, causada pela desobediência de Adão, será revertida pela obediência de Jesus, restaurando todas as coisas. A restauração ocorrerá em ordem inversa à criação, criada sequencialmente, culminando na criação do homem. Na ocasião da vinda de Jesus a restauração terá no homem o ponto de partida, seguido pela restauração da criação, já que tudo foi criado para o homem, e o homem para Deus. Os cristãos refletirão a glória de Cristo, e o universo criado compartilhará dessa glória. É o cumprimento do plano eterno de Deus (Rm 8:19-21).

Nos capítulo 21 do livro de Apocalipse, João narra o estabelecimento do novo céu e da nova terra precedido pelo juízo final. O novo céu e a nova terra descritos por João não são apenas versões melhoradas dos atuais, mas criações totalmente novas, restauradas à perfeição, que ocorrerão com o estabelecimento do reino de Cristo. Se os cristãos habitarão no céu, qual o propósito da criação de uma nova terra? A restauração da terra do ponto de vista humano e natural tem sentido lógico, mas qual o sentido de um céu novo? Qual a natureza do novo céu e como compreender o “conceito cristão” de morar no céu?

Considerando que o céu é a morada de Deus e a terra foi dada para morada dos homens (Sl 115:16), e que Deus criará uma nova terra, surge a questão: se os salvos morarão no céu, qual o propósito da criação de uma nova terra?

Pela perspectiva humana, a restauração da terra tem sentido lógico. No entanto, um novo céu se justifica se trouxer também uma nova realidade que transcenda as concepções humanas e naturais de terra e céu. João apresenta um conceito de vida diferente da idealização comum de terra e céu, integrando o subjetivo e o palpável, o material e o espiritual, onde o celestial e o terreno são comuns em uma nova realidade (novo céu e nova terra). No capítulo 21 de Apocalipse João descreve a visão da nova Jerusalém, descendo do céu para habitar com os homens na nova terra. É a fusão entre o céu e a terra, onde a presença de Deus estará plenamente manifesta. O texto não sugere nenhuma separação entre o céu e a terra. Em outras palavras, o novo céu e a nova terra são um só “lugar”, onde Deus habitará com seus filhos, e sua vontade será feita, tanto na terra quanto no céu – Mt 6:10).

O cristão não deve esperar um céu em meio às nuvens, anjos e harpas baseado nas simbologias das visões do livro de Apocalipse ou no imaginário humano. O cristão não vai morar neste céu. O céu que a Bíblia nos apresenta e que herdaremos não é só um lugar onde a morte, o pranto, o lamento e a dor cessarão, e onde todas as necessidades serão supridas. É também um local dinâmico, onde se exerce autoridade hierárquica e se cumprem atribuições juntamente com Cristo (Ap 2: 11, 17, 26-28,3: 5,21; 21:7). Novo céu e nova terra: Novas criaturas perfeitas, um novo estilo de vida em uma dimensão transcendental.

Os anjos foram criados puros e viviam em um ambiente de glória, mas pecaram e se tornaram demônios. Qual a possibilidade de ocorrer uma nova rebelião entre os filhos de Deus na glória futura?

No intervalo de tempo (atualidade) entre a ascensão e o advento da segunda vinda de Cristo, a Igreja de Cristo, também denominada, Igreja dos Primogênitos ou Primícias de Cristo, composta por todos os salvos, estará completa no final deste período, quando então ocorrerá a restauração em que os redimidos serão plenamente aperfeiçoados. Essa “perfeição plena do cristão” sugere o caráter espiritual de Cristo e um corpo glorificado, sem possibilidade ou tendência para pecar (I Co 15: 53. Hb. 5:9. I Pd 5:10).

A semelhança do cristão com Cristo se manifestará no Cristo glorificado. Se, em carne, houve alguma fraqueza ou possibilidade de pecado, estas foram anuladas na ressurreição e glorificação de Cristo, e o mesmo ocorrerá com o cristão na restauração, quando este refletirá a mesma glória. É nesse sentido que seremos semelhantes a Ele: incapazes de pecar (Hb 2:17. 12:23. Tg 1:18. I Jo 3:2).

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Abraão peregrinou por uma terra sem saber que era a terra da promessa. Seria isso uma alegoria para nós, que, assim como Abraão, idealizamos um céu baseado em nossas presunções egocêntricas e expectativas terrenas? (Hb 11:9,10).

As especulações e divergências teóricas sobre a natureza do céu e de como será a vida do crente no porvir não deve superar o amor, a satisfação e o prazer que a comunhão com Deus por meio da fé em Cristo proporciona desde agora. Em esperança somos salvos. Para o cristão, crer na promessa da volta de Jesus, e a esperança de estar (onde Ele estiver) por meio da graça e do amor de Deus é suficiente. O propósito eterno de Deus de habitar no meio do seu povo será consumado na restauração.  (Lv 26:11,12. 2 Cr 30:27. Sl 33:14. 46:4.115:16. 1 Rs 8:43. Ez 37:26. Mt 6:9. Jo 14:1-3. Rm 8:24. Ap 21:5).

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