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Misericórdia na morte

Referência Bíblica

Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás – Gn 2:17.

Introdução

A morte não é um ser, criatura ou entidade, é uma penalidade, uma consequência da ação do pecado. O pecado é a causa da consequência – morte. Deus não criou a morte e nem o ser humano foi criado para a morte.

A morte no paraíso

Deus agiu por precaução para que o homem não comece da árvore da vida ou, (caso comece) o corpo não sofreria a morte, não da forma como conhecemos. Considerando que Adão poderia comer da arvore da vida mesmo após a queda (Gn 3:22, 23), entendemos que a morte que passou a agir sobre *homem no dia da queda, não foi a morte física e nem uma condenação fatal ao corpo, Já que o fruto da arvore da vida funcionaria provendo algum alimento especial, um tipo de elixir para o prolongamento saudável do corpo (Gn 3:22, 23). A morte ocorrida no Éden imediatamente à desobediência foi a morte espiritual, a separação de Deus em quem está a essência da vida do homem (Gn 2:17).

Quando homem (Adão) morre espiritualmente, fisicamente continua vivo, mas sem a referência espiritual divina. A capacidade de escolha e decisão, capacidade de afeição e compaixão, capacidade de fidelidade e justiça moral… Todos os atributos inerentes ao caráter de Deus comunicados ao homem na ocasião em foi criado permanece nele. Mas sem a referência em Deus passou a seguir seus próprios sentidos se tornando egoísta e egocêntrico.

A total incapacidade de “ver e ouvir, sentir e entender e se relacionar” com Deus (Deus se tornou subjetivo e distante). Todos os sentidos humanos para interagir com Deus voltou-se para o que é visível e palpável, e guiá-lo neste sentido. Todas as necessidades espirituais antes divinas e em Deus passou a ser representadas no que se pode ver, ter, no que se pode ser e nos interesses e necessidades imediatos do corpo. Mas como o “complemento” do homem continua em Deus, sendo o homem essencialmente espiritual, não há satisfação plena por mais que se realizem todos os desejos e vontades no nível corpo e dos sentidos. Is 53: 6.

Misericórdia na morte

Deus quando impediu que o homem comece da arvore da vida evitou que o homem não tivesse eternamente uma subvida como passou a ter por melhor que se viva nesta condição (Ec 2: 1-13). Porque o homem foi criado para a melhor das vidas, para o bom, para o melhor em um nível que a “natural” imaginação não pode alcançar, por se tratar de dimensão e espiritualidade plena, podemos deduzir que a morte do corpo, que sucedeu a morte espiritual, pela supressão do fruto, não foi uma condenação, mas um ato de compaixão.

Mas em sua presciência, Deus providenciou a redenção do homem já nesta vida, devolvendo ao homem a referencia espiritual divina perdida no Éden, quando todos os sentidos são restaurados para ver e ouvir, sentir e perceber, discernir e entender, possibilitando a comunhão real com Deus e ter vida abundante nEle, não se baseada em conquistas, bens ou valores terrenos, mas em fé e esperança (Jo 9: 39). A restauração será plena na ocasião de sua vinda (de Cristo), mesmo se estivermos mortos. A ressurreição é um direito legal adquirido por Cristo. Até porque, para Deus, mesmo depois da morte física, o homem ainda está vivo (Mc 12:27. Lc 20:38. At 10:48. 1Co 15:20-26).

*Homem = (Anthropos), termo grego bíblico que representa todos os seres humanos.

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