Quem foi Balaão
Era da região de Moabe, filho de Beor rei de Edom (Gn 36,32). Balaão tinha prestígio junto aos Moabitas e Midianitas pelos “poderes sobrenaturais” (22: 6), ele não era Israelita, não era um profeta de Deus. Josué o define como adivinho (Js 13: 22). Isso é confirmado quando Balaque o chama para amaldiçoar os israelitas quando pagaria pelo trabalho de encantamento (Nm 22:7). Contudo, ele fala sob inspiração de Deus, profetiza. Inclusive sobre o Rei Davi e o Messias (Nm 24: 16-24).
Números 31: 16 narra que foi Balaão quem aconselhou os midianitas a armarem ciladas, para levar os Israelitas a pecar contra o senhor (Nm 25 1-10), Pedro diz que ele amou o salário da injustiça (2 Pd 2: 15).
Balaão entendeu que a segurança dos israelitas estava na obediência aos mandamentos de Deus (Nm 23: 9, 21). Balaão representa todos que manipulam os mandamentos de Deus em benefício próprio. Aqueles que ardilosamente distorcem a palavra de Deus em função dos próprios interesses. Não se importar realmente com estas pessoas ou o que elas representam para Deus. (Nm 22: 6. Jd 11). O objetivo de Balaão é lucrar, seja pela benção ou pela maldição. Deus iria matá-lo no caminho porque ele estava indo atender ao pedido de Balaque e não fazer a vontade de Deus (32, 35). Balaão atribui a Deus uma característica que ele vê na mula __… Falou à jumenta, você me fez de tolo! Com a história do personagem Balaão aprendemos que:
- Que o exercício do talento pode ser obscurecido por conceitos que não estejam em Deus.
- Que o mero conhecimento sobre de Deus sem uma relação de temor e obediência pessoal não nos torna seus filhos.
- Que Deus usa quem quer para em seus propósitos, mas quer todos se beneficiem.
- Que a obediência a Deus não está associada aos interesses pessoais.
- Que não é possível amar a Deus e o que é contrário a Ele.
- Que não é possível amar a Deus e não amar a quem Deus ama.
- Que a obediência a Deus não está associada aos interesses pessoais.
- Que não é possível amar a Deus a e “aquilo’ que é contrário a Ele.
- Que não é possível amar a Deus e não amar a quem Deus ama.
Nesta lista, se incluem os falsos pastores e líderes religiosos, os quais Jesus denominou mercenários, cujo objetivo é lucrar com as ovelhas, sob uma aparência de religiosidade, usando a Igreja como cenário, induzindo pessoas ao engano, por não pregar a salvação dos pecados por meio do Evangelho. Todos os que utilizam o ambiente cristão associado ao nome de Deus que manipulam o uso dos próprios talentos e dons naturais para promoção pessoal por dinheiro, fama, prestígio… Para lucrar e egocentradamente ter cada vez mais, também cabem aqui.
Idevaldo Santos